A pleurodese está indicada para prevenir a recorrência de pneumotórax ou derrame pleural. O objetivo é fechar o espaço pleural e impedir que acumule líquido ou ar. Feita sob sedação ou sob anestesia geral, é importante que a pessoa fique internada para avaliação da recuperação pós-operatória e manejo dos sintomas.
Pode ser mecânica, por abrasão do pulmão, ou química, por aplicação local de medicamento ou talco (pó ou solução) estéril. Quando química, comumente denominada talcagem. A área de contato do talco com a superfície do pulmão deve ser suficiente para promover a adesão entre pleura visceral e pleura parietal por meio de inflamação/fibrose local.
O derrame pleural é comum em pacientes oncológicos e deve ser tratado com o objetivo de promover alívio dos sintomas respiratórios, tais como dispneia e tosse. A critério clínico devem ser abordados em pacientes assintomáticos, dado o risco do procedimento invasivo que se impõe, bem como a necessidade de internação hospitalar para tal.
A abordagem do tórax via toracostomia ou toracotomia é necessária para o tratamento. A videotoracoscopia já está disponível nas instituições de excelência com baixas taxas de complicações.
Deve-se zelar pelo uso de métodos de imagem para apoio ao tratamento, de modo a promover maior segurança para o paciente, com ganho em precisão cirúrgica. Cerca de 200 ml de derrame pleural já podem ser visualizados pelo raio x de tórax. O ultrassom tem maior sensibilidade e tem papel chave como guia da drenagem de tórax. Já a tomografia computadorizada é o método de escolha para o diagnóstico do derrame pleural e a critério clínico deverá ser realizada antes do paciente ser submetido à pleurodese.
Realizar controle eficaz da dor contribui para a rápida recuperação, pois, dor intensa e risco de infecção são os potenciais complicadores de uma recuperação pós-operatória de pleurodese.
Em resumo, trata-se de procedimento invasivo com baixas taxas de complicação e larga aplicabilidade, dada a indicação bem estabelecida. Contudo, não devem ser esquecidas as premissas de segurança, que contemplam a avaliação rigorosa da condição clínica do paciente e a pertinência do procedimento com vistas aos melhores desfechos clínicos.
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