Os dispositivos vestíveis (wearables) surgiram como ferramentas cruciais na detecção e tratamento da fibrilação atrial (FA).
Esses dispositivos, incluindo relógios inteligentes (smartwatches) e anéis (rings), utilizam tecnologias como fotopletismografia (PPG) e eletrocardiografia de derivação única (ECG) para monitorar os ritmos cardíacos e identificar irregularidades indicativas de FA.
Estudos demonstraram que os wearables podem detectar efetivamente a FA com alta sensibilidade e especificidade. Tornam-se valiosos para a prevenção primária e secundária. Por exemplo, uma revisão sistemática destacou que wearables baseados em PPG e baseados em ECG de derivação única mostram um potencial escalável para o rastreamento e tratamento da FA em adultos mais velhos, enfatizando seu papel na melhoria das técnicas de prevenção e atendimento ao paciente(1).
Wearables na detecção de fibrilação atrial
Outro estudo comparando o Apple Watch e o anel CART-I descobriu que o anel CART-I superou o Apple Watch em termos de sensibilidade e especificidade de detecção de FA. Embora ambos os dispositivos tenham mostrado capacidades de diagnóstico significativas(2).
Alta precisão diagnóstica dos smartpaches
As metanálises confirmaram ainda mais a alta precisão diagnóstica de vários wearables, incluindo smartpatches, com sensibilidades e especificidades combinadas geralmente excedendo 90% (3,4) .
Apesar desses resultados promissores, os desafios permanecem. Incluem a necessidade de diretrizes clínicas e caminhos de tratamento para integrar dados dos wearables à prática clínica de forma eficaz. As preocupações com a sobrecarga de dados, falsos positivos e a variabilidade na alfabetização digital entre os pacientes também precisam ser abordadas para maximizar os benefícios dos wearables na detecção de FA .
No geral, a integração da tecnologia wearable nos sistemas de saúde é uma promessa significativa para a detecção precoce da FA, reduzindo potencialmente o risco de AVC e melhorando os resultados dos pacientes por meio de intervenções oportunas.
Apesar desses resultados promissores, os desafios permanecem. Incluem a necessidade de diretrizes clínicas e caminhos de tratamento para integrar dados dos wearables à prática clínica de forma eficaz. As preocupações com a sobrecarga de dados, falsos positivos e a variabilidade na alfabetização digital entre os pacientes também precisam ser abordadas para maximizar os benefícios dos wearables na detecção de FA .
Desafios futuros
No geral, a integração da tecnologia wearable nos sistemas de saúde é uma promessa significativa para a detecção precoce da FA, reduzindo potencialmente o risco de AVC e melhorando os resultados dos pacientes por meio de intervenções oportunas.
Conheça mais um pouco sobre o Hicardi, um smartpatch que estará em breve disponível no Brasil
Referências:
- https://link.springer.com/article/10.1007/s11886-023-01898-3
- https://academic.oup.com/europace/article/25/Supplement_1/euad122.618/7177090
- https://academic.oup.com/europace/article/25/Supplement_1/euad122.063/7176808
- https://academic.oup.com/europace/article/25/Supplement_1/euad122.646/7177117
- https://preprints.jmir.org/preprint/47292